"A Liberdade é estrangeira, como tantos outros deuses que os americanos prezam. Nesse caso uma francesa, apesar que, em deferência as sensibilidades americanas, os franceses tenham coberto aquele peito magnífico da estatua que deram de presente a Nova York. A Liberdade (...) é igual a uma casca de banana, só que com gosto ruim e ironia incluída. (...) A Liberdade é uma cadela que deve ir para a cama sobre um colchão de cadáveres, (...) uma cadela que gostava de trepar no refugo da guilhotina. Segura a sua tocha o mais alto que puder, minha cara, porque ainda tem um monte de ratos no seu vestido e um corrimento gelado escorrendo pelas suas pernas."
"Eu acho que ela é bonita" disse Shadow
"Essa" disse Wednesday "é a estupidez eterna do homem. Andar atrás da carne doce, sem perceber que não passa de uma cobertura bonita para ossos. Comida de verme. Você passa a noite se esfregando em comida de verme. Sem ofensa."
Neil Gaiman
Deuses Americanos